sábado, 14 de abril de 2012

Reflexões sobre o viver

Quando nascemos neste mundo não temos ideia ou compreensão do que será a vida. Conforme vamos crescendo e vivendo experiências nos deparamos com realidades as quais jamais imaginávamos que poderíamos vivenciar.

Imagine se pudéssemos saber, com antecedência do nosso nascimento nesta Terra, que ela contém violências de toda sorte, preconceitos, ignorâncias e acima de tudo muita falta de amor uns pelos outros. Basta olharmos ao derredor e constataremos muita dor e sofrimento, nas mais das vezes tendo como causa o egoísmo, a ganância, a volúpia e, acima de tudo, o materialismo exacerbado empurrando-nos para abismos sociais, com tragédias diárias que ceifam vidas em todos os sentidos da palavra ceifar. Ah! Se soubéssemos antecipadamente de tudo isso, não quereríamos nascer ou renascer neste mundo, preferindo nos manter onde nos encontrávamos.

A pergunta é: onde nos encontrávamos? Muitos diriam a vida só existe a partir da fecundação do óvulo, outros afirmariam que tudo preexiste ao nascimento, acreditando em um lugar onde habita a alma enquanto ela não vem para o mundo físico. Independente da resposta, pois devemos respeitar diferenças de crenças e opiniões, ao nos depararmos com a cruel realidade deste mundo, deveríamos todos buscar compreender que a realidade através de algumas regras que podem ser consideradas universais, pois vem de um grande pensador e religioso homem de fé deste século, que é o atual Dalai Lama, ensinando que os grandes amores e enganos comportam um grande risco e que quando derrotados não devemos perder a lição de uma simples regra de “três erros”: respeita-te a ti mesmo; respeita os demais e responsabiliza-te pelas tuas ações.

Muitas vezes não se conseguir o que quer é na verdade um golpe de sorte, pois poderiam advir-nos consequências destas escolhas que muitas vezes são impensadas e apressadas. A intolerância e a impaciência graça nas atitudes e comportamentos humanos, nos esquecendo de que, muitas vezes, uma pequena discussão pode afetar uma grande relação e se descobrires que cometestes um erro, toma imediatamente as medidas necessárias para corrigi-lo, melhorando assim suas ações impensadas e apressadas, abrindo os teus braços à mudança, mas mantendo valores justos e sensatos e que muitas vezes o silêncio é a melhor resposta.

Deveríamos todos nos pautar por uma vida honrada. Mas são tantas as ilusões e enganos que cometemos que depois não sabemos onde perdemos o passo da existência. Nas relações humanas, especialmente as familiares, quando não estiveres de acordo com os teus seres queridos, preocupa-te unicamente com a situação atual, não fazendo referências a anteriores disputas. Desse modo compartilharas o equilíbrio e poderá reinar a paz e a concórdia entre todos. Importante ensinamento antigo diz que a melhor relação é aquela em que o amor mútuo é maior do que a necessidade mútua, pois, se tens um lar, é necessário um ambiente de amor para que se tenha uma vida equilibrada e justa.

Mas ao invés disso a criatura humana busca os despenhadeiros do sofrimento, esquecendo-se que estamos imersos em uma lei de causa e efeito, e que haveremos de colher todo o mal semeado e o bem deixado de praticar. Mas será que a vida é só mesmo dor e sofrimento? Diz antigo ditado que a vida é o que fazemos dela. Então vamos encontrar outro mundo, um mundo onde graça o amor, a poesia, a bondade e a solidariedade de uns para com outros, na máxima expressão do Cristo: Amarmos-nos uns aos outros. Poderão perguntar. Mas onde encontrar este mundo? . O grande orador e expositor espírita Divaldo Pereira Franco, em seu Poema de Gratidão, ensina que a vida é bela e é colorida e que deveríamos ser gratos por tudo o que ela nos dá, agradecendo pelo ar, pelo pão, pela paz... Agradecer pela beleza que os olhos possam ver no altar da natureza...

Se a vida é o que fazemos dela, então poderemos modificar toda a vida criada, estabelecendo nova realidade existencial, renovando nossas atitudes na busca de um mundo justo e bom, pois sendo bons e justos assim será a vida. Levemos em conta que não há erros, apenas lições. O crescimento e o progresso do ser é um processo de ensaio e erro e de experimentação. Os experimentos mal sucedidos são parte do processo.

Portanto, cada lição deverá ser repetida até ser aprendida. Elas aparecem sob várias formas e é uma tarefa sem fim, até que passemos para a próxima. Os outros são apenas espelhos. Você não pode amar ou odiar alguma coisa em outra pessoa, a menos que ela reflita algo que você ame ou deteste em você mesmo”.