A VIDA EM FAMÍLIA
É sabido que a vida em família inicia-se, geralmente, na união de duas pessoas. Em assim sendo, quais são os fins essenciais do casamento? Podemos afirmar sem dúvida alguma que é para a criação de vínculos de amor, compreensão e fidelidade entre marido e mulher, assegurando-lhes o equilíbrio emocional. Para sermos felizes, todos precisamos de um parceiro (a) com quem partilhar ansiedades, resolver problemas do cotidiano, confiar triunfos e reveses e, principalmente, realizar nossos desejos de dar e receber carinho. Como conseqüência o casal busca a procriação e tornando-nos pais, não apenas damos cumprimento a uma lei natural, instituída por Deus, como enriquecemos a nossa vida, pois se os filhos nos impõem encargos, também nos motivam a procura de ideais nobres. Isso nos remete para a estrutura do lar como fator de progresso de todos. Se o lar falhar nos seus deveres para com a criança, muito provavelmente ela também falhará aos seus deveres para consigo mesma, para com a família, para com a sociedade e para com Deus. Ensinam os espíritos que “quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços de carne, mas também pelos da alma a fim de que a afeição mútua dos esposos se transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir”. Isto que dizer que o casal precisa de uma vida estável e equilibrada. Qual é a importância desta conduta? Para que uma família seja equilibrada é necessário que o casal esteja e devem ajustar as condições para vencer os obstáculos que a vida apresente, se ambos se respeitarem e buscarem permanentemente pontos de concordância, pois só assim encontrarão juntos a solução para os pontos de divergências. Segundo Emmanuel: “através do casal funciona o princípio da reencarnação, de acordo com as leis divinas, possibilitando um dos trabalhos mais elevados de ação do mundo espiritual”. André Luiz (espírito) ensina que “o lar é conquista sublime que os homens vão realizando vagarosamente”. Isto quer dizer que o espírito traz consigo vocação para a união conjugal? É Emannuel quem orienta: “os deveres assumidos, no campo do amor, no presente, devem prevalecer, acima de quaisquer anseios inoportunos, de vez que o compromisso cria leis no coração, e não se danificarão os sentimentos alheios sem resultados correspondentes na próxima vida”. O benfeitor espiritual continua a orientar: “os espíritos situados na faixa de evolução mediana ou acima desta participam mais ou menos ativamente de sua programação reencarnatória e, geralmente, pedem retorno justamente com credores e devedores do passado em ambientes e situações semelhantes às que já viveram e que constituíram obstáculos em suas caminhadas evolutivas...”
Diante de tal explanação esclarecemos que as reencarnações podem ser de: reajuste e resgate; iniciativa e continuidade; lição e sacrifício; dívidas e créditos; progresso e aperfeiçoamento e recuperação e missão. Os casamentos podem ser acertados, ou não, quando ainda nos encontramos no mundo espiritual e podem ser classificados na seguinte ordem: 1-casamentos sublimados, sendo a união de almas engrandecidas no bem, que se unem com a finalidade elevada para realizações de interesse geral. O maior exemplo foi Maria e José, pais de Jesus de Nazaré. 2-casamento feliz: são almas que possuem grande afinidade. São bastante esclarecidas que se amam e se consolidam afeições antigas, o que não quer dizer que não enfrentam problemas. No entanto são facilmente resolvidos em razão da grande afinidade que possuem. 3-casamento sacrificial: nestes há sacrifícios, renúncia e desprendimento de um dos cônjuges em favor do outro. Um deles apresenta moral bastante elevada e o outro a apresenta bastante baixa. 4-casamento acidental: ocorre entre as almas que não tem comprometimento espiritual anterior, assim como não há nenhuma programação entre elas para a vida presente, é um imprevisto, que ocorre por atração momentânea e de interesses. 5-casamento provacional: são os casamentos em que um dos cônjuges já expiou pelos erros cometidos na vida a dois em encarnação anterior. São casamentos em que os ambos serão avaliados no grau de aprendizado e da vivência das leis divinas. 6-casamento expiatório: os espíritos são devedores e possuem dívidas que precisam ser quitadas, entre eles mesmos ou perante as leis divinas. Normalmente são casamentos difíceis de serem suportados, marcados por trovoadas e tempestades... Porém o casal pode superar as adversidades, modificando o estado da união. Quais seriam diante destas realidades as causas importantes para o sucesso do matrimonio e da família? A intensa capacidade de afeto ou grande consideração, a maturidade emocional, a habilidade em comunicar-se, a disposição constante de se alegrar com o outro e de participar de acontecimentos com ele, a habilidade em lidar com tensões e diferenças, de forma construtiva, a disposição e bom humor, o conhecimento e aceitação dos limites do outro e a capacidade de perdoar. Mesmo entre os casais onde haja grande sentimento ou amor, não havendo estes atributos, dificilmente o casal logrará êxito na jornada encarnatória, desperdiçando oportunidade valiosa de crescimento e evolução. È preciso, portanto, preparar-se para a vida, em todos os sentidos, para que quando surja a oportunidade de se viver com outrem, estejamos minimamente preparador para a vida a dois e, conseqüentemente, a vida em família.
sábado, 31 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O FIM DOS PROFESSORES
Queridos leitores. Este artigo circula na Internet, portanto, não é de minha autoria. Estou publicando-o com o propósito da reflexão de sua leitura.
O ano é 2.210 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação
– Vovô, por que o mundo está acabando?
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom, vem a resposta:
– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
– E como foi que eles desapareceram, vovô?
– Ah, foi tudo parte de um “plano secreto” e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade (atualmente um deles é candidato a presidente da república). O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas, sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos.
Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para quê estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”.
Os professores eram vítimas da violência física, verbal e moral, que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.
Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarravam na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse.
“Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas.
Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor.
As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.
Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando os milicos colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos subversivos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores...
Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.
– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?
– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...
O ano é 2.210 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação
– Vovô, por que o mundo está acabando?
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom, vem a resposta:
– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
– E como foi que eles desapareceram, vovô?
– Ah, foi tudo parte de um “plano secreto” e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade (atualmente um deles é candidato a presidente da república). O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas, sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos.
Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para quê estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”.
Os professores eram vítimas da violência física, verbal e moral, que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.
Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarravam na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse.
“Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas.
Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor.
As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.
Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando os milicos colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos subversivos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores...
Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.
– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?
– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...
quinta-feira, 1 de julho de 2010
200 milhões em ação... Pra Frente Brasil.
Querido leitor (a) o que você vai ler pode ser considerado plágio ou mera coincidência de alguém que já tenha escrito as mal traçadas linhas a seguir, pois se resume numa síntese do que se fala pela mídia em geral.
"O sonho de estar na Seleção Brasileira é bem maior que qualquer outra coisa. Na vida a gente tem vários objetivos, e um deles, nesta Seleção, é resgatar o amor pela camisa, de estar na Seleção, participar desse grupo". Essa frase ficou conhecida, através do treinador da seleção brasileira, que justifica o amor pela camisa, para manter o grupo que ele entende como o melhor para esta copa. Controvérsias à parte vamos pensar sobre isso! Parece-me ser uma grande moleza jogar em clubes fora do Brasil, onde tudo é melhor, em todos os sentidos, e vir a ser convocado para a Seleção Brasileira. Esses nossos estrangeiros chegam à hipocrisia de dizer que “estou longe, mas meu coração é do futebol brasileiro”. São todos jogadores respeitados e reconhecidos pelos times em que jogam e muito valorizados. Ganham em dólares. Iguais aos nossos aqui no Brasil (claro que isso é irônico, pode rir). Além do que enriquecem, também, através de patrocinadores e, mesmo quando pararem de jogar bola, continuarão a fazer fortuna.
Dizem que tem amor pela camisa do Brasil (mas que piada, não!). Se perderem a copa, nada impossível, o que vai acontecer com eles e toda a comissão técnica, além do próprio técnico? Nada. Absolutamente nada. É uma maravilha jogar pela seleção brasileira, vivendo no exterior.
Para recuar só um pouquinho no tempo, foi assim em 1998 e 2006. Depois de eliminado, o selecionado dispensou os jogadores lá mesmo na Europa. É conhecido o episódio de alguns jogadores que horas depois da lamentável participação brasileira na Alemanha já estavam numa casa noturna “tentando esquecer a derrota”.
“Enquanto os torcedores brasileiros ainda choravam a frustrante atuação da Seleção no Mundial, quase todos os jogadores já estavam de volta às cidades onde moravam com família e ao lado dos amigos. Longe, bem longe do “velório” brasileiro. Distantes do Brasil seguiram vida normal, o mesmo supermercado, os mesmos trajetos, as mulheres e os filhos não foram incomodados e ninguém falava mais nos seus ouvidos sobre a péssima participação brasileira na Copa da Alemanha ou da França”.
Detalhe curioso. O tal “bicho”, que é uma baita bolada de dinheiro, que nós os pobres mortais, não ganharemos nem tralhando a vida toda, está garantido. Ganhe ou não a copa, o dinheirinho deles já está no cofre. No caso de vitória, aumenta muito a bolada. Sabe quem paga tudo isso. Você, eu, os trouxas que suamos (de verdade) a camisa, o ano inteiro, pagando impostos, na faixa de 36% ao ano, de tudo que ganhamos. E ainda vamos pra rua “comemorar” a conquista, ou chorarmos a derrota. Enquanto que eles...
“Se jogassem no Brasil seria diferente, bem diferente. Ficariam enclausurados por muito tempo. Até mesmo envergonhados de sair pelas ruas. Os filhos seriam cutucados pelos colegas nas escolas, as mulheres seriam questionadas sobre a apresentação dos maridos ou namorados. Ouviriam cobranças, críticas… Seriam repreendidos em todos os lugares e por muito tempo”. Essa é a verdade da vida real. Observem os países que foram um fiasco nesta copa e, já estão de volta em seus países, o que estão tendo que enfrentar, em termos de opinião pública. Jogar pela Seleção Brasileira e morar no Brasil não é fácil, não.
Atuar na Seleção Brasileira morando em outros países é um sonho dourado. Se ganhar, volta como integrante de um grupo de guerreiros vitoriosos e carregado pelos braços do povo. Se perder, a distância resolve o problema, não aparecem por aqui e pronto. É só desligar o telefone, desconectar os sites brasileiros, só assistir a canais internacionais e pronto. Ninguém numa rua italiana, alemã ou espanhola vai tocar no assunto. Continuará tendo muita paz… nada mudará na vida deles.
Vestir a camisa da Seleção Brasileira, trabalhando em clubes do exterior, é o desejo de todo jogador de futebol. Colhem frutos adoráveis depois de vitórias, são vistos como verdadeiros heróis da pátria; sobem e descem rampas…
Mas, depois de megatropeços, seus ouvidos e olhos não são atingidos. No dia seguinte não precisam passar pelo dissabor de olhar nos olhos da torcida brasileira… Jogador da Seleção Brasileira que trabalha no exterior é, acima de tudo, um “sortudo”. Depois dizem “estou longe, mas meu coração é do futebol brasileiro”. E nós continuamos a formar uma corrente pra frente... Brasil.
"O sonho de estar na Seleção Brasileira é bem maior que qualquer outra coisa. Na vida a gente tem vários objetivos, e um deles, nesta Seleção, é resgatar o amor pela camisa, de estar na Seleção, participar desse grupo". Essa frase ficou conhecida, através do treinador da seleção brasileira, que justifica o amor pela camisa, para manter o grupo que ele entende como o melhor para esta copa. Controvérsias à parte vamos pensar sobre isso! Parece-me ser uma grande moleza jogar em clubes fora do Brasil, onde tudo é melhor, em todos os sentidos, e vir a ser convocado para a Seleção Brasileira. Esses nossos estrangeiros chegam à hipocrisia de dizer que “estou longe, mas meu coração é do futebol brasileiro”. São todos jogadores respeitados e reconhecidos pelos times em que jogam e muito valorizados. Ganham em dólares. Iguais aos nossos aqui no Brasil (claro que isso é irônico, pode rir). Além do que enriquecem, também, através de patrocinadores e, mesmo quando pararem de jogar bola, continuarão a fazer fortuna.
Dizem que tem amor pela camisa do Brasil (mas que piada, não!). Se perderem a copa, nada impossível, o que vai acontecer com eles e toda a comissão técnica, além do próprio técnico? Nada. Absolutamente nada. É uma maravilha jogar pela seleção brasileira, vivendo no exterior.
Para recuar só um pouquinho no tempo, foi assim em 1998 e 2006. Depois de eliminado, o selecionado dispensou os jogadores lá mesmo na Europa. É conhecido o episódio de alguns jogadores que horas depois da lamentável participação brasileira na Alemanha já estavam numa casa noturna “tentando esquecer a derrota”.
“Enquanto os torcedores brasileiros ainda choravam a frustrante atuação da Seleção no Mundial, quase todos os jogadores já estavam de volta às cidades onde moravam com família e ao lado dos amigos. Longe, bem longe do “velório” brasileiro. Distantes do Brasil seguiram vida normal, o mesmo supermercado, os mesmos trajetos, as mulheres e os filhos não foram incomodados e ninguém falava mais nos seus ouvidos sobre a péssima participação brasileira na Copa da Alemanha ou da França”.
Detalhe curioso. O tal “bicho”, que é uma baita bolada de dinheiro, que nós os pobres mortais, não ganharemos nem tralhando a vida toda, está garantido. Ganhe ou não a copa, o dinheirinho deles já está no cofre. No caso de vitória, aumenta muito a bolada. Sabe quem paga tudo isso. Você, eu, os trouxas que suamos (de verdade) a camisa, o ano inteiro, pagando impostos, na faixa de 36% ao ano, de tudo que ganhamos. E ainda vamos pra rua “comemorar” a conquista, ou chorarmos a derrota. Enquanto que eles...
“Se jogassem no Brasil seria diferente, bem diferente. Ficariam enclausurados por muito tempo. Até mesmo envergonhados de sair pelas ruas. Os filhos seriam cutucados pelos colegas nas escolas, as mulheres seriam questionadas sobre a apresentação dos maridos ou namorados. Ouviriam cobranças, críticas… Seriam repreendidos em todos os lugares e por muito tempo”. Essa é a verdade da vida real. Observem os países que foram um fiasco nesta copa e, já estão de volta em seus países, o que estão tendo que enfrentar, em termos de opinião pública. Jogar pela Seleção Brasileira e morar no Brasil não é fácil, não.
Atuar na Seleção Brasileira morando em outros países é um sonho dourado. Se ganhar, volta como integrante de um grupo de guerreiros vitoriosos e carregado pelos braços do povo. Se perder, a distância resolve o problema, não aparecem por aqui e pronto. É só desligar o telefone, desconectar os sites brasileiros, só assistir a canais internacionais e pronto. Ninguém numa rua italiana, alemã ou espanhola vai tocar no assunto. Continuará tendo muita paz… nada mudará na vida deles.
Vestir a camisa da Seleção Brasileira, trabalhando em clubes do exterior, é o desejo de todo jogador de futebol. Colhem frutos adoráveis depois de vitórias, são vistos como verdadeiros heróis da pátria; sobem e descem rampas…
Mas, depois de megatropeços, seus ouvidos e olhos não são atingidos. No dia seguinte não precisam passar pelo dissabor de olhar nos olhos da torcida brasileira… Jogador da Seleção Brasileira que trabalha no exterior é, acima de tudo, um “sortudo”. Depois dizem “estou longe, mas meu coração é do futebol brasileiro”. E nós continuamos a formar uma corrente pra frente... Brasil.
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