Querido leitor (a) o que você vai ler pode ser considerado plágio ou mera coincidência de alguém que já tenha escrito as mal traçadas linhas a seguir, pois se resume numa síntese do que se fala pela mídia em geral.
"O sonho de estar na Seleção Brasileira é bem maior que qualquer outra coisa. Na vida a gente tem vários objetivos, e um deles, nesta Seleção, é resgatar o amor pela camisa, de estar na Seleção, participar desse grupo". Essa frase ficou conhecida, através do treinador da seleção brasileira, que justifica o amor pela camisa, para manter o grupo que ele entende como o melhor para esta copa. Controvérsias à parte vamos pensar sobre isso! Parece-me ser uma grande moleza jogar em clubes fora do Brasil, onde tudo é melhor, em todos os sentidos, e vir a ser convocado para a Seleção Brasileira. Esses nossos estrangeiros chegam à hipocrisia de dizer que “estou longe, mas meu coração é do futebol brasileiro”. São todos jogadores respeitados e reconhecidos pelos times em que jogam e muito valorizados. Ganham em dólares. Iguais aos nossos aqui no Brasil (claro que isso é irônico, pode rir). Além do que enriquecem, também, através de patrocinadores e, mesmo quando pararem de jogar bola, continuarão a fazer fortuna.
Dizem que tem amor pela camisa do Brasil (mas que piada, não!). Se perderem a copa, nada impossível, o que vai acontecer com eles e toda a comissão técnica, além do próprio técnico? Nada. Absolutamente nada. É uma maravilha jogar pela seleção brasileira, vivendo no exterior.
Para recuar só um pouquinho no tempo, foi assim em 1998 e 2006. Depois de eliminado, o selecionado dispensou os jogadores lá mesmo na Europa. É conhecido o episódio de alguns jogadores que horas depois da lamentável participação brasileira na Alemanha já estavam numa casa noturna “tentando esquecer a derrota”.
“Enquanto os torcedores brasileiros ainda choravam a frustrante atuação da Seleção no Mundial, quase todos os jogadores já estavam de volta às cidades onde moravam com família e ao lado dos amigos. Longe, bem longe do “velório” brasileiro. Distantes do Brasil seguiram vida normal, o mesmo supermercado, os mesmos trajetos, as mulheres e os filhos não foram incomodados e ninguém falava mais nos seus ouvidos sobre a péssima participação brasileira na Copa da Alemanha ou da França”.
Detalhe curioso. O tal “bicho”, que é uma baita bolada de dinheiro, que nós os pobres mortais, não ganharemos nem tralhando a vida toda, está garantido. Ganhe ou não a copa, o dinheirinho deles já está no cofre. No caso de vitória, aumenta muito a bolada. Sabe quem paga tudo isso. Você, eu, os trouxas que suamos (de verdade) a camisa, o ano inteiro, pagando impostos, na faixa de 36% ao ano, de tudo que ganhamos. E ainda vamos pra rua “comemorar” a conquista, ou chorarmos a derrota. Enquanto que eles...
“Se jogassem no Brasil seria diferente, bem diferente. Ficariam enclausurados por muito tempo. Até mesmo envergonhados de sair pelas ruas. Os filhos seriam cutucados pelos colegas nas escolas, as mulheres seriam questionadas sobre a apresentação dos maridos ou namorados. Ouviriam cobranças, críticas… Seriam repreendidos em todos os lugares e por muito tempo”. Essa é a verdade da vida real. Observem os países que foram um fiasco nesta copa e, já estão de volta em seus países, o que estão tendo que enfrentar, em termos de opinião pública. Jogar pela Seleção Brasileira e morar no Brasil não é fácil, não.
Atuar na Seleção Brasileira morando em outros países é um sonho dourado. Se ganhar, volta como integrante de um grupo de guerreiros vitoriosos e carregado pelos braços do povo. Se perder, a distância resolve o problema, não aparecem por aqui e pronto. É só desligar o telefone, desconectar os sites brasileiros, só assistir a canais internacionais e pronto. Ninguém numa rua italiana, alemã ou espanhola vai tocar no assunto. Continuará tendo muita paz… nada mudará na vida deles.
Vestir a camisa da Seleção Brasileira, trabalhando em clubes do exterior, é o desejo de todo jogador de futebol. Colhem frutos adoráveis depois de vitórias, são vistos como verdadeiros heróis da pátria; sobem e descem rampas…
Mas, depois de megatropeços, seus ouvidos e olhos não são atingidos. No dia seguinte não precisam passar pelo dissabor de olhar nos olhos da torcida brasileira… Jogador da Seleção Brasileira que trabalha no exterior é, acima de tudo, um “sortudo”. Depois dizem “estou longe, mas meu coração é do futebol brasileiro”. E nós continuamos a formar uma corrente pra frente... Brasil.
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