domingo, 27 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

ETERNIDADE

“Felizes são aqueles que levam consigo uma parte das dores do mundo. Durante a longa caminhada, eles saberão mais coisas sobre a felicidade do que aqueles que a evitam”.
Nossa existência terrena se assemelha a uma viagem. A primeira estação, a do embarque, é a mesma para todos, e se chama nascimento. Quanto tempo durará a viagem, qual a duração de uma vida, quem o saberá?
Da mesma forma que bela, breve é a vida. A última estação, a do desembarque, é a mesma para todos, e se chama eternidade...
Estamos preparado para este desembarque? Não pensemos estar prontos. Não nos iludamos, pois infindável é a preparação.
E um dia, não tão distante, chegará a nossa vez de desembarcar, e será um ato solitário.
Os jornais do mundo continuarão repletos de notícias, carros continuarão a cruzar avenidas e estradas, mas, para aquele que adentrar a eternidade, já não terão a menor importância. Familiares, - filhos, irmãos, pais e amigos íntimos deixados para trás. Bens materiais, conta bancária, chaves e senhas ficaram para trás, perdendo o valor que aparentavam ter.
Desta existência terrena levaremos apenas aquilo que trazemos no coração. Nada nos pertence de fato, sendo nos confiado por um breve intervalo de tempo.
A Partir desse instante iniciaremos a colheita daquilo que plantamos, pois, nossas ações têm conseqüências.
E quanto ao nosso corpo físico. Bem, o corpo físico se assemelha a uma gaiola, e a alma, a uma ave que nela habita.
Na hora derradeira, a Morte, - sempre atenta, sempre justa -, estende a sua mão e diz para a ave
da alma: “É chegada a hora da tua partida, de deixar para trás esta gaiola mortal, e seguir livre a tua jornada.”
Estará a ave do espírito apta a voar nesta hora decisiva? Estarão as suas asas suficientemente fortes? Estarão as nossas asas suficientemente limpas?
Cuidar das asas significa cuidar do espírito. “Cuidar do espírito significa cuidar dos valores que dão rumo à nossa caminhada e alimentar significações que enchem de sentido a nossa vida e que levaremos conosco até o fim de nossa existência.”
“Significa, especialmente, cuidar da espiritualidade, que é a capacidade de sentir Deus a partir do coração e de vê-Lo nascer a cada momento no outro que está à minha frente.”
Amar os homens é amar a Deus. Muito se tem falado sobre os Direitos Humanos, mas já é sem tempo de devemos pensar em termos de Deveres Humanos.
O dever de ser solidário, de compartilhar os bens e os dons com os quais fomos agraciados pela Vida. O dever de ampliar o nosso campo de visão, de modo a abranger não apenas a nossa família biológica, mas a inteira família humana.O dever de amar e acolher o órfão, o idoso, o enfermo,o desamparado. O dever de socorrer o pobre, o necessitado, o excluído, o desabrigado.
“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitando, lhe fechar o coração, como permanece nele o amor de Deus?” I João 3, 17
Existe a matéria e existe o espírito. A matéria é limitada pelas leis do tempo e do espaço, pelo visível, pelo findável, pelo finito. O espírito pertence a um mundo sem fronteiras ou limitações, um mundo onde as aparências se desmancham, e as essências são reveladas. Durante um breve lapso de tempo, espírito e matéria dividem o mesmo palco, findo tal prazo, cada qual segue o seu rumo. O corpo material, o necessário abrigo temporário do espírito, recolhe-se ao cosmos, enquanto que o espírito segue sua jornada pelos mundos invisíveis, eternos, celestiais.
Purificar o coração, lapidar a alma, ser solidário, generoso, atento, desperto, de modo a estar apto a deixar o palco da vida terrena, quando a hora final chegar, com a sensação de dever cumprido, com uma consciência tranqüila. Outros prados, outras pradarias nos esperam. Mundos espirituais, onde a Justiça não fenece, onde o Amor continuamente floresce, e onde a Bondade perdura. “Olhai os lírios do campo…” “Buscai o Reino de Deus em primeiro lugar.”, ensinou Jesus.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O BRASILEIRO É ASSIM MESMO...

Somos um povo curioso e, muitas vezes até hilário. Se não, vejamos. Quando temos uma carga de transporte acidentada nas estradas, nos saqueamos os produtos. É muito comum estacionarmos em calçadas, vagas de deficientes e muitas vezes debaixo de placas proibitivas, sem contar o número de vezes que entramos na contramão, é só observar o atual transito de nossa cidade (Tupã-sp), que, aliás, ficou “redondinho”, mas muito chatinho e está fazendo com que o motorista gaste mais tempo, mais combustível, enfim rode mais para chegar ao seu destino. Esperamos, sinceramente, que o tempo possa se justificar todas essas mudanças e que venha valer à pena, no sentido de diminuir acidentes, etc. O tempo é senhor da razão. Mas voltando ao brasileiro... Quando cometemos uma infração é comum tentarmos subornar o agente da punição. Também trocamos votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentaduras e até camisetas. Falamos ao celular enquanto dirigimos. Se nos encontramos em um congestionamento trafegamos no acostamento. Paramos em filas duplas, triplas em frente às escolas. É freqüente violarmos a lei do silêncio. Haja visto os estabelecimentos que não respeitam a vizinhança. A panificadora, de onde sou vizinho, não respeita isso, com equipamentos muito barulhentos, apesar de já termos pedido diversas vezes para isso ser revisto. Comprei um tampão de ouvidos para poder dormir. Recentemente houve os episódios com os veículos de som, que eficientemente se está combatendo. Também dirigimos após consumir bebidas alcoólicas, sem contar o mais grave, os estabelecimentos comerciais de Tupã não respeitam a lei que proíbe a venda de cigarros e bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos, além de espalharem mesas, churrasqueiras pelas calçadas, onde não podemos transitar. Mais grave ainda, os poderes legalmente instituídos não fiscalizam adequamente tal desrespeito. Pegamos atestados médicos sem estarmos doentes. E a nossa saúde, então. Vilipendiamos o que podemos, furando filas com interferências de amigos que trabalham na rede pública, em prejuízo do mais necessitado ou carente. Como ensinou o médico Adib Jatene (que já foi ministro da saúde): “Pobre só tem amigo pobre”, portanto, sem condições de que alguém faça por ele alguma coisa, pois os que furam filas na saúde são sempre pessoas que tem amigos lá dentro do sistema, e o pobre, coitado, não tem essa condição. Fazemos gato de luz, de água e de TV a cabo. Registramos imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, só para pagar menos impostos, pois não confiamos em nossos governantes quanto ao que farão com nosso dinheiro em razão de tanta corrupção existente. Compramos recibos para abater na declaração do imposto de renda... Temos tentativas de pessoas mudando a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas. Se viajarmos pela empresa, se o almoço custou dez pedimos nota de vinte reais. Recentemente o CQC – programa de televisão – provou por reportagens a desonestidade do pessoal da prefeitura de Barueri-SP, que receberam uma TV de plasma para ser doada a uma escola daquela cidade, e uma funcionária levou a TV para casa. Quer entender melhor a história entre no http://www.youtube.com/watch?v=Iapmy1sBm8I). Quando vamos vender um carro velho adulteramos o velocímetro como se fosse pouco rodado. Diminuímos a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar a passagem. Emplacamos o carro fora do nosso domicílio para pagar menos IPVA, pois o nosso é muito caro. Freqüentamos caça-níqueis e fazemos uma fezinha nos diversos jogos que existem no país, além, é claro, do velho jogo de bicho. Levamos das empresas onde trabalhamos pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, etc., como se isso não fosse roubo. Comercializamos os vales-refeição e vales-transportes que recebemos das empresas. Também falsificamos tudo, especialmente os jovens menores de 18 anos que querem um RG de adulto. Só não falsificamos o que ainda não foi inventado. É o velho jeitinho de sempre. Os que viajam para o exterior, nunca dizem a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Muito raramente alguém quando encontra um objeto perdido, especialmente se for uma mala ou carteira recheado de dólares, procura ou devolve para o seu dono... Querido (o) leitor (a) a lista é imensa. Vamos parar por aqui com a seguinte reflexão. Ainda queremos que os políticos sejam honestos? Estamos reclamando do Lula? Do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci? da Dilma? Do Serra? Do escândalo dos eternos caixas dois? Do Arruda que é um bandido pois roubou Brasília? Brasileiro reclama do quê? Esses políticos que ai estão saíram de onde? Claro, do meio do povo. Falamos tanto da necessidade em deixar um planeta melhor para os nossos filhos e nos esquecemos da urgência de criarmos filhos melhores educados, honestos, dignos, éticos e responsáveis para o nosso planeta, através dos nossos exemplos… É a mais pura verdade e isso que é o pior. Vamos dar bons exemplos. Sermos dignos e de uma ética responsável. Vamos eleger políticos melhores, criando melhor nossos filhos. Enquanto isso devemos combater os que vilipendiam o dinheiro público, procurando no meio do povo, pessoas descentes, honestas e éticas para nos representar na política. Virão eleições em breve. Fique atento. Eleja melhores políticos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vem ai o filme Nosso Lar - Assista ao trailer - Estréia dia 03 setembro

Resumo do Livro "Drogas: Causas, Consequências e Recuperação"



Capítulo 1 – Falando sobre drogas

Conceituamos o que é droga e definimos uma classificação do uso e do consumo e um breve histórico sobre as drogas na história da humanidade.

Abordamos a complexidade das razões e do por que de alguém fazer uso de drogas, as situações possíveis para se drogar, numa análise das peculiaridades das personalidades humanas no envolvimento com as drogas. Instrução do que fazer diante da constatação do uso de drogas no meio familiar. Definimos o que é dependência e suas conseqüências. Apresentamos um quadro das categorias de drogas existentes, com uma sintética abordagem das conseqüências e cada uma das drogas.

Capítulo 2 – A família, a Sociedade e as Drogas

Neste capítulo avaliamos algumas condutas dos pais – o que fazer e o que não fazer – diante da constatação de um filho ou membro familiar estar fazendo uso de drogas. Analisamos importantes variáveis no uso e abuso de drogas, tais como características pessoais, peculiaridades de personalidade, frustrações, imediatismo do prazer, etc.

Capítulo 3 – Alcoolismo, Mitos e verdades

Apresentamos um retrospecto histórico do álcool em todos os tempos, incluindo o período pré-bíblico da humanidade, onde se conhecia fatos de embriagues. Sendo que até antes de 1750 a produção de álcool era toda artesanal. Com o advento da Revolução Industrial, passou a ser em escala industrial, em grandes quantidades, com a conseqüente diminuição do preço e o acesso a ele, como até hoje, tornou-se muito fácil. Analisamos os mitos (mentiras) que viram verdades através da história humana, como por exemplo, o mito de que o álcool não é uma droga, mas um alimento. É uma droga e das mais consumidas pela humanidade em todos os tempos, inclusive na atualidade. Na seqüência analisamos a questão do uso e do abuso do álcool, nos aspectos mental, físico e social. Abordo a discussão do ponto de vista da Doutrina Espírita sobre o uso do álcool. Perguntamos nesta parte do livro: Qual é o principal motivo da negligência das autoridades do mundo quanto ao problema nocivo do álcool? Esclarecemos que não há interesse predominante e deliberado de extinguir esse flagelo, quando os próprios homens responsáveis pela sanidade da vida humana teriam de primeiramente extingui-los em si mesmo.

Capítulo 4 – O que é tabagismo

Apresentamos um panorama global do tabagismo moderno e antigo, abordando retrospectivamente a história do aparecimento do tabaco e do cigarro na humanidade. Análise e reflexão da influência familiar no uso e consumo de tabaco, especialmente onde os pais são fumantes. O papel da forte influência da mídia na sociedade, especialmente e ostensivamente sobre os mais jovens.

Uma breve definição do que é a dependência tabágica e suas conseqüências. Apresentamos um quadro de 56 possíveis doenças ocasionadas pelo tabaco, incluindo nesta listagem 17 tipos de cânceres.

Definimos claramente a nicotina como uma droga, comprovadamente viciante, levando as pessoas ao seu abuso de consumo e suas implicações na saúde como um todo, incluindo a saúde pública que gasta bilhões de reais ao ano para tratar e cuidar de dependentes da nicotina. Apresentamos toda a estrutura do programa de atenção ao tabagista, por nós utilizados na saúde pública de Tupã, com o propósito de que as pessoas abandonem o vício.

Capítulo 5 – Drogas: Conseqüências Espirituais

Apresentamos um retrospecto ao leitor não espírita sobre os princípios fundamentais da Doutrina Espírita e suas implicações para a alma encarnada e conseqüentemente após o desencarne, abordando a vida do espírito na erraticidade espiritual. Avaliamos a questão do livre arbítrio de que somos portadores e as conseqüências do mau uso que se possa fazer desta oportunidade existencial. Contemplamos o leitor com um artigo em que Francisco Cândido Xavier, em desdobramento, contempla na espiritualidade as razões pelas quais a humanidade do presente está tão envolvida com a problemática das drogas e suas conseqüências atuais. Apresentamos textos de André Luiz sobre as conseqüências do desregramento do homem quanto às drogas e suas implicações físicas e mentais e pós desencarnem para a alma, além das implicações obsessivas que as drogas podem provocar levando a criatura a atos de crueldade, suicídio e malefícios de toda ordem. O vampirismo provocado por espíritos desencarnados, que ainda necessitam das drogas, levando o viciado encarnado ao excesso do uso e muitos à overdose da morte.

Capítulo 6 – Drogas: O que fazer no Centro Espírita

Postulamos a idéia de que a casa espírita precisa estar preparada para o atendimento fraterno tanto do encarnado, quando do desencarnado, dependente de drogas, através da lógica das vidas sucessivas, levando-os à compreensão e aceitação da sua imortalidade.

Sugerimos algumas iniciativas importantes, com base nos princípios espíritas, para afastar o viciado em drogas, tais como promover reuniões com palestras e debates sobre drogas, envolvendo pais, filhos e o público em geral. Discutir com os jovens, em pré e mocidades e infância, os problemas que envolvem a vida do espírito encarnado, através de temas que tocam os jovens de perto, como sexualidade, namoro, gravidez, AIDS, drogas, etc.

Acreditamos firmemente na idéia de que o Centro Espírita possa incluir em suas atividades pessoas que estão envolvidas com as drogas, desde que haja um sólido acompanhamento de pessoas que saibam lidar com esta realidade, ao invés de discriminarmos e rejeitarmos os que assim se encontram. Estimular os familiares do viciado à prática do Evangelho no Lar, etc. Finalizamos esclarecendo que no dialogo fraterno com o viciado e seus familiares, podemos colocar à disposição deles os recursos auxiliares do tratamento espiritual: passe, água fluída, desobsessão e reforma íntima.

Causas anteriores das aflições

“Somos tão complexos que quando não temos problemas nós os criamos”.

Ninguém se constrói sozinho. Somos construídos e construtores da nossa personalidade. Somos construídos pela carga genética, pelo sistema social, pelo ambiente educacional e pela atuação do eu através das vidas sucessivas.

As tribulações podem ser impostas a espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os espíritos penitentes, porém, desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, esses as escolhem livremente.

Tal o caso de um que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede lha deixem recomeçar, para não perder o fruto de seu trabalho. As tribulações, portanto, são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas o merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam.

“Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à idéia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar”.

“Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação”.

“Pode, pois, um espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta.

O senso comum diz que “os sofrimentos, os erros, as perdas, amadurecem espontaneamente as pessoas. Em nossa prática clínica essa tese não é defensável. Não se engane! A maioria das pessoas piora seus níveis de tranqüilidade e serenidade à medida que sofre. O sofrimento só nos enriquece quando intuitiva ou racionalmente o trabalhamos”.
O senso comum diz que “quem não aprende com o amor, aprende com a dor”. A dor ensina, mas não é uma excelente mestra.

“A dor só se torna uma mestra, quando nós nos tornamos seu mestre, quando nos interiorizamos, refletimos, desenvolvemos consciência crítica, quando nos humanizamos... Caso contrário, a dor produz zonas de conflitos, criando janelas de memórias destrutivas, portanto será inútil, algoz, destruidora...”

Em verdade Jesus ensinou que se o sofrer for usado com resignação e entendimento pode levar à reparação através do perdão, da caridade e do amor: caminho único da reparação. A grande regra que jesus deixou: Deus não perdoa baseado em simples arrependimento, mas sim mediante a reforma no pensar, sentir e principalmente no agir, quando ensinou: Eu sou o caminho, a verdade e a vida – ninguém vai ao pai senão por mim”

Ele disse que não tinha vindo trazer paz à terra, mas a espada, que veio para separar o pai do filho, o filho da nora, e o homem da mulher...Interpretados ao pé da letra, podemos concluir que esses ensinamentos não foram veiculados pelo mestre.

E essa violência é contra o nosso maior inimigo, que é o nosso ego. “O espírita não envolvido com o estudo da doutrina espírita, de conhecimento superficial, tende a imaginar que as dores do mundo são cármicas e que estamos aqui para sofrer e tudo o que nos faz sofrer é resgate de dívidas...”

O homem, como que de intento, cria para si tormentos que está em suas mãos evitar”. A dor não resolvida de hoje é o sofrer de amanhã... Portanto... Sofrer sinaliza falta de reforma íntima no tempo certo. Como ensinou Jesus: a quem muito for dado, mais será solicitado:“pela própria consciência”.

Para espíritas e espiritualistas o sofrer é menos desculpável do que para os outros. Toda essa realidade nos remete ao “conhece-te a ti mesmo” de Sócrates, quando este nos diz que “uma vida sem reflexão não merece ser vivida “, assim como ensinou Santo Agostinho: “Este mundo é um mundo de construção da alma”.

A Sociedade e as Drogas

Em todos os tempos a humanidade se deparou com o problema das drogas. No entanto, na atualidade nunca se viu tantas situações, acontecimentos e dramas na sociedade, portanto, oriundos do meio familiar. Quais são as causas e razões destas ocorrências? Primeiro relatemos um pouco de história sobre as drogas.
Há mais de quatro mil anos atrás os Sumerianos (atual Irã) já utilizavam a Papoula de Ópio, denominada a “planta da alegria”, que utilizavam com a finalidade de um “contato com os deuses Num tempo mais anterior ainda, o povo Cita (Habitantes do rio Danúbio/rio Volga – Europa Oriental), queimava a maconha (cânhamo) em pedras aquecidas e inalavam os vapores dentro de suas barracas ou tendas. O Ópio (Morfina/Anestésico) incentivado na Guerra Civil Americana (1776) era utilizado para fornecer alivio à dolorosa vida dos soldados. Durante a segunda guerra, receitas de anfetaminas - estimulantes – Fenpreporex - eram utilizadas para combater a fadiga. Na atualidade, é largamente utilizado – apesar de ser proibido o seu uso e comercialização no Brasil, por pessoas que pretendem emagrecer, especialmente mulheres. Em 1890, iniciou-se a livre comercialização de vinho, elaborado com extratos de coca e xaropes. Em 1914, nos Estados Unidos deu-se a proibição da livre negociação das bebidas alcoólicas, - que durou por 13 anos, com isto iniciou-se o mercado negro ilícito. Como tudo que é proibido se torna um atrativo, a indústria americana de bebidas, à época faturou cerca de 200 bilhões de dólares.”. Em nosso tempo presente, existe um largo consumo de Fluoxetina (ansiolítico/antidepressivo) droga denominada de “a pílula da felicidade”. Pode-se perguntar: Felicidade de quem? Do usuário ou do Laboratório que a produz?

Muitas pessoas se questionam. Mas afinal o que levam pessoas a se envolverem com as drogas? Se elas causam tantos males, porque envolver-se com elas? Se já se conhece os seus malefícios porque envolver-se com elas? Dentre algumas razões, nós podemos citar quatro delas. De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde: 1) Pessoas que não tem informações adequadas sobre as drogas, ou seja, aquelas que não conhecem as conseqüências de seu uso. E, convenhamos, a desinformação ainda é muito grande, quando não fantasiosa, como, por exemplo, aqueles que ainda crêem que maconha faz menos mal do que cigarro. 2) Pessoas que se encontram insatisfeitas com sua qualidade de vida. Neste caso consideramos tanto as pessoas que vivem em carência geral como aqueles que vivem com excessos de toda ordem. Caso fosse apenas um problema de carência social, os chamados ricos não se envolveriam com as drogas. Portanto, a droga tornou-se um problema geral da humanidade, independente da condição sócio-econômica ou cultural. 3) Pessoas pouco integradas na família e na sociedade. Neste item a situação é específica, ou seja, desestruturas familiares, insatisfações de toda ordem podem levar pessoas ao contato, ao uso e ao abuso das drogas, como mecanismo de fuga de uma triste realidade e finalmente; 4) O fácil acesso às drogas é outro fator importante para seu uso. Aqui nos perguntamos. Porque não aplicamos em nossas vidas o sábio ensinamento de Jesus quando enuncia “conheça a verdade e ela vos libertará?” Todos sabemos o quanto é fácil e barata determinadas drogas, até mesmo sabemos dos pontos em que são vendidas em nossas cidades. Apenas fazemos de conta que não sabemos, inclusive as autoridades, numa covarde omissão de responsabilidade social.

Mas a grande e real verdade para que pessoas se envolvam com drogas é o fato de algumas delas – principalmente as drogas psicoativas, ou seja, as que ativam o psiquismo das pessoas, causarem prazer. (todas as substâncias químicas alteram o funcionamento do organismo) Está é a grande verdade, o prazer proporcionado por estas drogas. Em nossa atual sociedade a busca pelo prazer tornou-se frenética, quando não o único fim para muitas pessoas.

Uma pergunta se faz necessária. Onde as crianças e os jovens começam a aprender o que é ou a usar drogas? Fora de casa? Com amigos da escola? Não. Infelizmente isso começa a acontecer, dentro do lar, quando observam os adultos em busca de tranqüilizantes ao menor sinal de tensão ou nervosismo. Aprendem o que é dependência quando observam como seus pais têm dificuldades em controlar diversos tipos de comportamentos, como, por exemplo, comer de modo exagerado. Aprendem também o que é droga quando ouvem seus pais dizerem que precisam de três xícaras de café para se manterem acordados, ou ainda quando precisam fumar uma cigarrinho, ou tomar uma dose de uma bebida. Por outro lado, quando pessoas não encontram na família, nos amigos e nos parceiros as respostas para suas necessidades, então recorrem às drogas como alternativa, sem se aperceberem do preço que terão que pagar por esta atitude.
Por isso é de extrema importância termos lares estruturados em cima da fraterna convivência, tolerantes e abnegados uns com os outros, colaborando para que todos possam crescer principalmente no campo das emoções, onde se possa aprender a elaborar os sentimentos, pois toda e qualquer postura que assumimos na vida se prende à maneira de como olhamos o mundo fora e dentro de nós, podendo nos levar a uma sensação íntima de realização ou de frustração, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, de acordo com nosso código moral modelado na intimidade de nosso psiquismo. Talvez, você querido (a) leitor (a), ao fazer esta leitura se questione: “Como fica a questão do livre arbítrio de a criatura humana buscar formas de prazer de acordo com seu interesse, gosto e conveniência?”. Muito simples. Cada um responderá pelos próprios atos e ações. Somos livres para qualquer empreitada em nossas vidas, mas conseqüentemente responsáveis pela colheita da semeadura.

Por isso se faz importante lares harmoniosos e organizados, dentro do respeito e do amor uns pelos outros. Afinal de contas, Jesus pediu-nos simplesmente que nos amassemos uns aos outros. Somente assim seremos uma humanidade melhor. E desta forma haveremos de banir as drogas do mundo e conseqüentemente todos sofrimento ocasionado por ela.