quarta-feira, 6 de julho de 2011

A SAGA DOS KENNEDY

“Os Kennedy são uma família que, se as suas peripécias ocorressem no cenário de uma novela televisiva, provocariam a demissão imediata do roteirista capaz de idealizar uma história tão carregada de desgraças e pouco credível. Sendo uma das dinastias mais poderosas dos Estados Unidos, assassinatos e escândalos parecem ter desabado sobre eles de modo especial”.

Você leitor pode estar pensando: mas que propósito é esse de desenterrar os Kennedy, do ponto de vista da política, e o que isso tem a ver conosco os brasileiros, ou os tupaenses? Mais do que você possa imaginar. Continue a ler o artigo.

Necessário considerar que a fortuna dos Kennedy provinha do contrabando de álcool dos tempos da Lei Seca Americana, que os ligou a proeminentes membros do crime organizado. Joe Kennedy, o patriarca da família (ao qual se deve a eleição de seu filho John Fitsgerald Kennedy à presidência dos EUA), não foi um gangster vulgar, na verdade muito mais um empreendedor que tirou proveito da legislação contra o álcool, que sempre foi e é, um lucrativo negocio de mercado, especialmente no Brasil atual.

Você pode já fazer algumas ilações leitor (a) e comparar com algumas eminências pardas aqui de Tupã? Em política eminência parda é o nome que se dá quando determinado sujeito não é o governante supremo de tal “reino”, mas é o verdadeiro poderoso, agindo muitas vezes por trás do soberano legítimo, o qual é uma marionete. A eminência parda ainda pode se utilizar de qualquer tipo de poder para exercer seu poder, seja ele militar, econômico, religioso e/ou político.

Segundo a história americana, quem deveria ter sido eleito presidente dos EUA seria o filho Joseph, caído em combate durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto pilotava um bombardeiro numa perigosa missão à qual tinha sido avisado para não participar. A partir desse momento o patriarca investe no filho John Fitzgerald, um galã com 26 anos, que retornava de um combate no pacífico, como “herói” de guerra.

Narra a história americana que John comandava um barco patrulha que foi cortado ao meio pelo contratorpedeiro japonês Amagiri, o qual não foi detectado pelo radar do barco, ficando a tripulação desaparecida por dias e, quando localizada “criaram” o herói John como se tivesse salvo a todos, tendo nadado a noite inteira em busca de ajuda, apesar de sua frágil saúde, pois era portador da doença de Adisson (insuficiência supra-renal)

O primeiro cargo político de John Kennedy foi como deputado, e só venceu a eleição por um “falcatrua legal” nas urnas criada pelo seu pai, que sempre foi o mentor de todos e claro, tudo pago com muito dinheiro.

O seu maior concorrente, o italiano Joseph Russo, que possui maioria dos votos no condato de Charlestouwn, no dia da eleição, foi surpeendido com dois Joseph Russo, sendo o segundo um encanador daquele mesmo condato, dividindo assim os votos e dando a eleição para o Kennedy. Você querido leitor por acaso já está fazendo comparações com a política local e nacional? Isso lhe remete a algum tipo de falcatrua que você conhece em nossas eleições, especialmente no munícipio de Tupã? Ou você nunca ouviu falar de vereadores que “dão deizão” e transporta o eleitor para a urna de votação?

Voltando aos kennedy. John Kennedy inicialmente era muito ruim de discurso. Não desejava concorrer a nada, pois acreditava que o seu irmão falecido era mais preparado, como de fato o era. Mas estava morto e o patriarca Joe mantinha um princípio "para os Kennedy não existem regras que valham, nem limites que as possam parar e que um Kennedy nunca conhece o medo e nunca mostra as suas emoções".

No entanto, quando eleito deputado tomou gosto pela política, elegeu-se senador e mais tarde presidente. Antes de tudo isso Kennedy foi um “bom vivam” e um conquistador e nunca houvera trabalhado em nada em sua vida. Alguma semelhança com alguns dos nosso políticos, incluindo claro, um ou outro de Tupã?

No entanto fez carreira própria após assumir a presidência sucedendo a Dwight Eisenhower, a 20 de janeiro de 1961. Seu oponente o republicano vice-presidente, Richard Nixon, que mais tarde seria eleito presidente americano e que culminária no escandolo Watergate, perdeu a eleição por uma diferença de 112 881 votos, numa das eleições mais apertadas da história americana: 0,2% dos votos. Mas o destino quis que assim fosse.

É inegável a contribuição dos Kennedy para os EUA e para alguns paises de seus interesses. Sempre se apresentaram como um povo livre e democrático, mas também financiaram muitas ditaduras no planeta, para mais tarde serem os salvadores da patria.

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