Já estamos presenciando uma guerra de acusações. Novamente os eleitores terão a oportunidade, se tiverem paciência e usarem da capacidade crítica, para analisarem as propostas e poderem modificar o cenário político que já dura mais de oito anos da mesma política. Como analisar propostas e planos de governos em um país onde o dinheiro público é utilizado para fins de pessoas ou grupos encastelados no poder? Diríamos que é quase impossível.
Mas temos uma sugestão viável e consistente que é analisar o caráter e a personalidade dos atuais candidatos. Segue uma orientação para este difícil exercício.
O que é a personalidade humana? A palavra personalidade vem de uma raiz grega que significa máscara ou persona. No teatro grego os atores costumavam usar máscaras para ocultar suas faces reais e para mostrar alguma outra. Portanto a persona significa uma face que você encarna, não sendo a sua mesma. Os políticos, na sua imensa maioria, são “personas”, portanto irreais. E muitos destes que estão se candidatando e se recandidatando são “personas” por demais conhecidas de todos nós. É a hora de defenestrá-los (atirar pela janela) através do voto, é claro.
Muitas de nossas autoridades políticas atuais quando em suas relações com a população são dóceis, atenciosas, mas que nos bastidores das suas atividades perseguem, barganham e traem em seus próprios interesses, pois não cumprem o mandato popular de trabalhar para o povo. O que é pior há os que trabalham e muito pelo povo, mas roubam descaradamente o erário público, como se ao trabalhar para o povo, lhes desse o direito de corromper.
Esse é o cuidado que o eleitor deverá ter nestas eleições de não escolher uma “persona”, mas sim uma pessoa que tenha um histórico de trabalho e dedicação dentro da comunidade e com valores de caráter, só assim se terá uma mínima condição de acerto na escolha. Estes, os “os candidatos personas” se valem da apatia e do desinteresse da população pelas questões políticas, pois sabem que o povo vai votar para cumprir um dever, pois ainda o voto é obrigatório.
Esse é o tipo de postura que tais políticos gostam de perceber pois ao se elegerem e principalmente os que concorrem à reeleição, com promessas de continuidade ou de melhoria, mas que logo se acomodam sabendo que o povo adotará a seguinte conduta: “De nada adianta, pois os políticos são assim mesmo”, ou então, “Nada vai mudar”. Essa é tipicamente uma postura de "lavar as mãos", ou seja, já votei agora não preciso me preocupar com mais nada.
Com relação ao que estão no poder neste momento, fiquemos atendo a eles, pois já estão se utilizando da máquina pública para oprimir os servidores municipais com ameaças, promovendo reuniões em seus nichos políticos e “forçando” que estes depositem o voto a seu favor. Sabemos que na hora de apertar os números da urna é um momento único e solitário, portanto se vota em que se deseja, sendo este o momento de fazermos valer o desejo próprio e não o voto de cabresto. Recentemente o candidato, Henrique Capriles, candidato de oposição à presidência na Venezuela declarou: “As pessoas estão cansadas de sentir medo e de ter de falar o que não pensam apenas para agradar ao governo”. Está é uma situação que se aplica contundentemente ao nosso município e também a grande parcela dos servidores municipais.
Por tudo isso analise melhor a escolha do seu candidato ou da sua candidata, pois o cenário político tupãense está repleto de “personas”.
Valci Silva