Somos um povo curioso e, muitas vezes até hilário. Se não, vejamos. Quando temos uma carga de transporte acidentada nas estradas, nos saqueamos os produtos. É muito comum estacionarmos em calçadas, vagas de deficientes e muitas vezes debaixo de placas proibitivas, sem contar o número de vezes que entramos na contramão, é só observar o atual transito de nossa cidade (Tupã-sp), que, aliás, ficou “redondinho”, mas muito chatinho e está fazendo com que o motorista gaste mais tempo, mais combustível, enfim rode mais para chegar ao seu destino. Esperamos, sinceramente, que o tempo possa se justificar todas essas mudanças e que venha valer à pena, no sentido de diminuir acidentes, etc. O tempo é senhor da razão. Mas voltando ao brasileiro... Quando cometemos uma infração é comum tentarmos subornar o agente da punição. Também trocamos votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentaduras e até camisetas. Falamos ao celular enquanto dirigimos. Se nos encontramos em um congestionamento trafegamos no acostamento. Paramos em filas duplas, triplas em frente às escolas. É freqüente violarmos a lei do silêncio. Haja visto os estabelecimentos que não respeitam a vizinhança. A panificadora, de onde sou vizinho, não respeita isso, com equipamentos muito barulhentos, apesar de já termos pedido diversas vezes para isso ser revisto. Comprei um tampão de ouvidos para poder dormir. Recentemente houve os episódios com os veículos de som, que eficientemente se está combatendo. Também dirigimos após consumir bebidas alcoólicas, sem contar o mais grave, os estabelecimentos comerciais de Tupã não respeitam a lei que proíbe a venda de cigarros e bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos, além de espalharem mesas, churrasqueiras pelas calçadas, onde não podemos transitar. Mais grave ainda, os poderes legalmente instituídos não fiscalizam adequamente tal desrespeito. Pegamos atestados médicos sem estarmos doentes. E a nossa saúde, então. Vilipendiamos o que podemos, furando filas com interferências de amigos que trabalham na rede pública, em prejuízo do mais necessitado ou carente. Como ensinou o médico Adib Jatene (que já foi ministro da saúde): “Pobre só tem amigo pobre”, portanto, sem condições de que alguém faça por ele alguma coisa, pois os que furam filas na saúde são sempre pessoas que tem amigos lá dentro do sistema, e o pobre, coitado, não tem essa condição. Fazemos gato de luz, de água e de TV a cabo. Registramos imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, só para pagar menos impostos, pois não confiamos em nossos governantes quanto ao que farão com nosso dinheiro em razão de tanta corrupção existente. Compramos recibos para abater na declaração do imposto de renda... Temos tentativas de pessoas mudando a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas. Se viajarmos pela empresa, se o almoço custou dez pedimos nota de vinte reais. Recentemente o CQC – programa de televisão – provou por reportagens a desonestidade do pessoal da prefeitura de Barueri-SP, que receberam uma TV de plasma para ser doada a uma escola daquela cidade, e uma funcionária levou a TV para casa. Quer entender melhor a história entre no http://www.youtube.com/watch?v=Iapmy1sBm8I). Quando vamos vender um carro velho adulteramos o velocímetro como se fosse pouco rodado. Diminuímos a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar a passagem. Emplacamos o carro fora do nosso domicílio para pagar menos IPVA, pois o nosso é muito caro. Freqüentamos caça-níqueis e fazemos uma fezinha nos diversos jogos que existem no país, além, é claro, do velho jogo de bicho. Levamos das empresas onde trabalhamos pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, etc., como se isso não fosse roubo. Comercializamos os vales-refeição e vales-transportes que recebemos das empresas. Também falsificamos tudo, especialmente os jovens menores de 18 anos que querem um RG de adulto. Só não falsificamos o que ainda não foi inventado. É o velho jeitinho de sempre. Os que viajam para o exterior, nunca dizem a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Muito raramente alguém quando encontra um objeto perdido, especialmente se for uma mala ou carteira recheado de dólares, procura ou devolve para o seu dono... Querido (o) leitor (a) a lista é imensa. Vamos parar por aqui com a seguinte reflexão. Ainda queremos que os políticos sejam honestos? Estamos reclamando do Lula? Do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci? da Dilma? Do Serra? Do escândalo dos eternos caixas dois? Do Arruda que é um bandido pois roubou Brasília? Brasileiro reclama do quê? Esses políticos que ai estão saíram de onde? Claro, do meio do povo. Falamos tanto da necessidade em deixar um planeta melhor para os nossos filhos e nos esquecemos da urgência de criarmos filhos melhores educados, honestos, dignos, éticos e responsáveis para o nosso planeta, através dos nossos exemplos… É a mais pura verdade e isso que é o pior. Vamos dar bons exemplos. Sermos dignos e de uma ética responsável. Vamos eleger políticos melhores, criando melhor nossos filhos. Enquanto isso devemos combater os que vilipendiam o dinheiro público, procurando no meio do povo, pessoas descentes, honestas e éticas para nos representar na política. Virão eleições em breve. Fique atento. Eleja melhores políticos.
Certa vez comecei a escrever um artigo dentro deste mesmo tema, tratando a corrupção como fator cultural na sociedade.
ResponderExcluirO blog está ótimo! E os textos com muita qualidade.
Saudades de todos! Espero vocês aqui.
Abraços!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirValci, você realmente acredita que as coisas realmente podem mudar aqui na terra com uma melhor educação de nossos filhos? (ainda não sou pai, e nem pretendo ser)essa inocência eu já perdi há algum tempo... As coisas não mudarão, continuarão como está pois é do espírito humano ser como ele é, demorei pra aceitar mas sabe como é "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" rs... A única pessoa que pode mudar isso é Deus e não acredito que ele esteja muito interessado nisto. Muito pessimismo da minha parte? Talvez, prefiro acreditar que é apenas a constatação da realidade da vida na Terra. Se temos tantos bacharéis corruptos nos mais altos cargos do governo devo eu acreditar que os pais deles não deram à eles a devida educação? Não, não foi isso, foi a índole de cada um. Se você acha que pode mudar o mundo com pequenos gestos, sinto muito, eu também já perdi essa inocência. E eu, que sempre fui o maior dos céticos, me dei por vencido e adotei a melhor decisão possível, entreguei tudo nas mão de Deus, como diz aquela famosa oração: "Que seja feita a vossa vontade".
ResponderExcluirOi Valci, td bem? Cadê o meu post? Ficou com medo de colocar ele aki ? Pois é, por isso que desisti do espiritismo, quando a verdade é dita e não vem ao encontro do que o espiritismo prega é simplesmente ignorado. Hipocrisia existe até mesmo no espiritismo... KKKKKKK
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